Segundo a vice-presidente do Fortec, Ana Lúcia Torkomian, “desenvolvimento econômico depende da capacidade do país de inovar, e não tem como inovar sem conhecimento”. Ana Torkomian também destaca que “na área da inovação, o país tem um bom arsenal em termos de políticas públicas de incentivo, (…) o que precisamos agora é reavaliar os instrumentos de promoção da inovação frente à situação atual do país e aprimorar a implementação, o acompanhamento, o monitoramento e as correções de rota quando adotamos instrumentos como subvenção econômica e incentivos fiscais”.
Desde a implementação da Lei 13.243/2016, que alterou a definição de ICT, incluindo instituições privadas sem fins lucrativos, muitos tem manifestado dúvidas acerca do enquadramento, tanto para fins de elaboração de políticas ou de posicionamento institucional. Para melhor esclarecimento, o FORTEC auxiliou a equipe do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações na elaboração deste Guia de orientação, disponível para download no Portal do FORTEC (fortec.org.br). O guia contou também com apresentação do Ministro Paulo Alvim e prefácio do Procurador Leopoldo Gomes Muraro, Coordenador da Câmara de CT&I da AGU.
O Vale do São Francisco, na Bahia, é a primeira região do Brasil a receber a indicação geográfica de vinhos tropicais. O registro conquistado – Indicação de Procedência Vale do São Francisco – abre mercados internacionais para o vinho baiano. O processo que levou à obtenção do selo foi conduzido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com resultado anunciado na última semana. O novo status foi divulgado na Revista de Propriedade Industrial (RPI) nº 2704.
O levantamento para se conseguir o selo é baseado em requisitos equivalentes aos da União Europeia. A demanda para o estudo partiu do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf), instituição privada, sem fins lucrativos, que congrega os produtores, viticultores, além de vinícolas.
A indicação protege vinhos originais do Vale do São Francisco, indicada como região de geografia peculiar no contexto mundial, levando em consideração a diversidade de uvas que podem ser cultivadas. No Vale, pode-se encontrar variedades adaptadas a diferentes condições de clima, solo e biomas. O registro contribui com o fortalecimento da relação entre as vinícolas da região, especialmente pela busca comum de melhoria constante na qualidade e expressão da tipicidade dos vinhos elaborados.
Vinhos do Vale do São Francisco ganham certificação de origem
Para o Secretário da Agricultura da Bahia, Leonardo Bandeira, o selo, além de agregar valor aos vinhos produzidos no Vale do São Francisco, mostra-se como exemplo da eficiência do trabalho realizado no campo, na Bahia, estado que, frisa o secretário, entrega produtos de qualidade para os mercados interno e externo.
“A nossa região do Vale do São Francisco é capaz de produzir uma média de 1,5 milhão de litros de vinho por ano. Mas nessa parte da Bahia também merece destaque a produção de espumantes, que está em aproximadamente três milhões de litros por ano”, acrescentou Bandeira.
A Pesquisa FORTEC de Inovação é uma ação da associação, realizada desde 2016, que reúne informações das políticas e atividades de proteção da propriedade intelectual e transferência de tecnologia dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT).
Esta ação consiste em um esforço para compreender o estágio de maturidade dos NIT do Brasil, suas potencialidades e vulnerabilidades, subsidiando o FORTEC no planejamento de ações e atividades de apoio para cumprimento ao seu papel junto as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) que atende.
Eleições 2023-2024 FORTEC
Conheça os candidatos e veja como votar!
Para votar o associado deve estar em dia com a anuidade 2022 e se habilitar pelo link: https://forms.gle/QmQDHfh2zJpuM3Zi6. Atenção é necessário preencher o link até o dia 05/10/2022 às 18 horas para votar!
No caso de Associado Pessoa Jurídica, confira se o representante junto ao FORTEC esta atualizado na lista: Associados Pessoa Jurídica FORTEC. Caso não esteja atualizado, no próprio link de habilitação há espaço para envio de procuração simples do representante legal do associado.
CANDIDATURAS PARA A GESTÃO 2023-2024 DO FORTEC Candidaturas homologadas pelo Diretório FORTEC em 28 de setembro de 2022
DIRETORIA – Chapa “Inovação para um Brasil mais humano”
Associado
Cargo
Histórico
Análise
Gesil Sampaio Amarante Segundo
Presidente
Presidente FORTEC 2021-2022, Vice-Presidente FORTEC 2019-2020, Diretor do FORTEC (2014-2018), Vice- Coordenador Regional NE (2012-2014), Vice Coordenador-Geral do NIT-UESC. Associado Pessoa Física.
Elegível
Ana Lúcia Vitale Torkomian
Vice-presidente
Vice-Presidente FORTEC 2021-2022, Pela UFSCar Fundadora e Membro da Coordenação Nacional do FORTEC (2006-2010); Coordenadora da regional Sudeste (2014-2016); Diretora Técnica (2016-2020), já como Associada Pessoa Física.
Elegível
Juliana Corrêa Crepalde Medeiros
Diretora Técnica
Diretora FORTEC 2021-2022, Vice- Diretora da Coordenação de Transferência e Inovação Tecnológica -CTIT
Associada Institucional UFMG
Elegível
Silvia Beatriz Beger Uchoa
Diretora Técnica
Diretora FORTEC 2021-2022, Professor Visitante no Instituto de Química e Biotecnologia da UFAL.
Associada Pessoa Física
Elegível
Jaqueline da Silva Albino
Diretora Técnica
Universidade do Estado de Mato Grosso, atuando na Agência de Inovação-AGINOV-UNEMAT.
Elegível
Maria do Perpétuo Socorro de Lima Verde Coelho
Diretora Técnica
UFAM e atualmente Diretora do Departamento de Acesso ao Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais Associados
Elegível
Vinicius Farias Campos
Diretor Técnico
Coordenador da Regional Sul FORTEC 2021-2022, Professor Associado do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDTec) da UFPel.
Elegível
Conselho Fiscal
Associado
Vínculo
Análise
Irineu Afonso Frey
Associado Pessoa Física
Elegível
Ana Paula Matei
Associada Pessoa Física
Elegível
Coordenação Regional NORTE (NO) – Chapa “Articulação Norte”
Associado
Cargo
Vínculo
Análise
Marcio Rodrigues Miranda
Coordenador Regional NO
Associado Pessoa Física
Elegível
Claudia Cristina Auler do Amaral Santos
Vice Coordenadora Regional NO
Associado Institucional Universidade Federal do Tocantins
Elegível
Sheila de Souza Corrêa de Melo
Suplente Regional NO
Associado Pessoa Física
Elegível
Coordenação Regional NORDESTE (NE) – Chapa Nordeste em ação pela inovação
A declaração é do empresário e presidente da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), Ruben Delgado, em entrevista para o FORTEC. Delgado fará a palestra magna na abertura do XVI Encontro Nacional do Fortec/ VI Congresso Internacional do PROFNIT e XII Prospect&I em Maceió no dia 3 de outubro de 2022. Para Delgado, o Brasil reúne as condições necessárias para alcançar o desenvolvimento e soberania, mas precisa urgentemente focar em áreas de excelência, e a interação empresas-ICT é peça chave nesta estratégia.
Por Karla Bernardo Montenegro
Fortec/PROFNIT– Fazendo referência ao tema do evento FORTEC-PROFNIT: ‘Construindo a independência com Ciência, Tecnologia e Inovação’, em sua opinião quais são as ações e as políticas necessárias para atingirmos a soberania nacional em CT&I?
Rubén Delgado– Fundamentalmente é necessário fazer escolhas. O Brasil aporta C&T para diversas áreas, mas não define e aposta em áreas de excelência, de referência. O Brasil precisa ser excelência no que ele faz melhor. Estamos em um mundo colaborativo, continua sendo fundamental manter parceiros complementares, quanto mais países colaborarem com o seu nicho tecnológico, melhor. Mas, apesar da intensa colaboração é importante que o Brasil se concentre em áreas específicas para virar referência mundial. Temos capacidade para tornar esta meta realidade.
Fortec/PROFNIT – Sua área de especialidade é a tecnologia da informação. Qual a importância de criarmos tecnologias e algoritmos desenvolvidos no Brasil para evitar o ‘colonialismo digital’, a reprodução de padrões de países desenvolvidos que muitas vezes não reconhecem a cultura e questões sociais de países em desenvolvimento, como o Brasil?
Rubén Delgado – É muito importante criar algoritmos no Brasil. Toda tecnologia nova quando surge, praticamente iguala as chances. É onde o país deve apostar. O Brasil é celeiro de técnicos, que precisam empreender, criar novas empresas, sob o risco que estas pessoas se transfiram para outros países. Precisamos criar nossos times aqui, prosperar no Brasil. O conhecimento precisa ser empreendido.
Fortec/PROFNIT – Como acionista em empresas de base tecnológica, como enxerga a jornada do ‘empreendedor do conhecimento’ no Brasil? Quais são os desafios e as oportunidades?
Rubén Delgado – O grande desafio: aproximação com a academia. Para ter diferencial, precisa da pesquisa, da aproximação com a área científica! Os desafios do Brasil são enormes: redistribuição de riquezas, diminuir a distância do consumidor de tecnologia e do não consumidor de tecnologia…ainda tem muita distância entre ICT e empresa e esta situação não pode continuar. A Lei inovação veio ajudar mas ainda tem pouco uso, é preciso facilitar aquisições por parte do governo, tem que superar os desafios de forma mais rápida do que estamos fazendo.
Fortec/PROFNIT – Como o Fortec, como associação de gestores de inovação e transferência de tecnologia e o PROFNIT, como pós-graduação (Mestrado Profissional) podem fazer a diferença para atingirmos a soberania nacional em CT&I?
Rubén Delgado – O Fortec, os gestores de inovação em ICT e a academia podem se aproximar mais do empresariado. Os editais precisam cada vez mais aproximar empresas âncoras, ICTs e startups. O benefício é para todos. O risco diminui quando cada um faz a sua parte. ICT aporta conhecimento, startup tenta transformar ideias em produtos e as empresas desenvolvem a tecnologia em parceria. A SOFTEX vem promovendo editais de aproximação, é preciso multiplicar estas iniciativas pelo Brasil e trabalhar muito na resolução conjunta de desafios tecnológicos.
Saiba mais
XVI Encontro Nacional do Fortec/ VI Congresso Internacional do PROFNIT/ XII ProspeCT&I (evento híbrido)